A bronca, hoje, é comigo. Parece que tirei férias de mim mesma e, depois, perdi a chave para voltar à origem. Claro que, inicialmente, eu talvez não quisesse, ou não tivesse certeza se queria voltar á origem, mas devia ter previsto que, cedo ou tarde, eu ia sentir falta do lugar onde punha meus chinelos e pijama da alma.
A bronca, hoje, é não saber bem onde foi que me deixei, ter algumas certezas, mas não todas e não saber bem como acessá-las, as certezas.
A bronca é saber que a maioria está no mesmo barco, mas cada um resolve de um jeito e a bronca de achar que todos conseguem resolver melhor do que eu.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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3 comentários:
lendo você, lembrei de um dos meus preferidos:
IMEMORIAL
Não fui quem sou, quando nasci.
Nem sou quem sou, quando amo.
Nem quando sofro.
Porque coexisto. Porque a angústia
é uma herança.
Só me aproximo de mim mesmo
quando fujo,
atravesso a fronteira,
ou me defendo, ou fico triste.
Ou quando sinto a rosa
secreta e quente da vergonha
subir-me à face.
O mar me bate à porta,
como um grito da origem.
Mas como descobrir
a onda imemorial que me trouxe?
(C. Ricardo. Um dia após o outro, 1947.)
Bjs
Telma
Não tenha pressa Lóri que a pressa é inimiga do bem-fazer. Depois de achar seus chinelos vá em demanda do seu sítio, nas calmas. Eu aguardo.
Beijos e sorrisos do
Legível Escrivão.
... o Barco continua a singrar, pois navegar é realmente preciso!
Ehh, Lòri!, mas quem consegue resolver, menina?
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