C.S.: No livro é a terra da Dulcineia
Camille: ahhhhh
Camille: a Dulcineia q so existe nos sonhos e desejos dele
C.S.: sim, mas por isso mesmo vale bem a pena, a Dulcineia não existe mas é como se existisse
C.S.: quando estiveres a ler vais adorar
Camille: Angeles Mastretta - Maridos (é mexicana, mas tem um outro livro q li dela mt bom)
C.S.: vou anotar
Camille: eu imagino..o q me tem salvo a vida nos ultimos anos sao os livros
Camille: Emma Riverola - Cartas desde la ausencia - (guerra civil espanhola, romance epistolar, devorei entre madrid e rio)
C.S.: lês muitos romances?
Camille: tento...
Camille: Antonio Iturbe - Días de sal (ainda nao comecei)
C.S.: eu passo a vida a ler, gosto de fazer crítica literária como quem faz crochet
Camille: 1964, después de Cristo y antes de perder el autobús (algo que envolve Opus Dei e Franco dos ultimos anos)
C.S.: mas agora estou embrennhada no maneirismo e estou a adorar
Camille: ahahahhahahha eu bem vejo isso no blog....amei essa tua frase
C.S.: aliás encontro muito maneirismo nos nossos dias
Camille: vou colocar no meu blog, vou fazer o post para isso... para ti... para nós
Camille: o maneirismo é inerente às sociedades, nao foi só um e stilo de época... vi isso em algum lugar
Depois de alguns acontecimentos recentes, acho que deveríamos todos ser mais maneiristas, e mais sinceros e menos protegidos. Eu decidi recentemente que vou mandar às favas o zelo pela imagem construída. A vida parece curta ao olhar para os meus velhos e para os que ainda estão tentando ser felizes. Estou na bronca com a vida, mas a notícia boa é que já não me importo tanto com as datas e as promessas que não consegui cumprir. Assumo-me como um ser que tantas vezes não deu certo, mas que conseguiu dar certo com amigos e amigas. Finalmente cheguei no ponto de entender a frase do Ferreira Gullar, há tanto tempo decorada: Viver é estar no mundo, às vezes na tona, às vezes no fundo.