segunda-feira, 24 de março de 2008

Jose Afonso - O Que Faz Falta

Nenhuma gravação tem o encanto que o ritmo, o timbre de voz, e o coração dele tinham. Ele é que faz falta.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Tibet

Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta

O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta

Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta

O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta

por Zeca Afonso

Por que ainda falta fazer outros "25 de abril". E muitos nunca chegarão a ser.

Foto tirada daqui.

domingo, 16 de março de 2008

Um blues

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

A História de Lily Braun - Chico e Edu Lobo

domingo, 2 de março de 2008

Meu Rio

Apresentação de fotos do Rio de Janeiro.
Todas as fotos: Sergio Fonseca
Música: São Sebastião (Totonho Villeroy)
Voz: Mart'Nália (com participação de Maria Bethânia)
Arranjo: Jaime Além

Este é o fim de semana dos clips, pelo visto. Mas é que foram impulsos e não devemos resistir aos impulsos. Como diria Oscar Wilde, "sou capaz de resistir a tudo, menos às tentações" e acredito piamente que devemos nos entregar, sobretudo quanto mais os anos passam, à vertigem do momento.

E já que estamos nisso, se deixarem carregar o clip, o que exige, eu bem sei, uma boa dose de paciência virtual e concreta, enquanto a linhazinha vermelha do youtube vai se completando, verão fotos quase arquetípicas da cidade que a Bethânia chama tão adequadamente, de estandarte do Brasil. Não há reparo a se fazer a isso. Seja lá o que for que se acrescente de bom ou de ruim. É assim e pronto.

E como é aqui que eu vivo, e aqui que tantos vêm me ver. E aqui que tantos e tantas outros e outras vêm em busca da tão cantada maravilha. E onde a encontram, embora encontrem também, é certo, as desmaravilhas. Mas, ok, não há rosas sem espinhos, meus amigos, já dizia a minha avó que, por sinal, sequer sabia quem foi Oscar Wilde. E mesmo que soubesse, suponho que tivesse ficado escandalizada, mas cá está entre as mesmas citações pois afinal teve uma neta, com a qual, é bem provável, também se escandalizasse. Mas isso já são outros quinhentos, embora sejam só 433 os anos que a cidade faz.

E é por isso que eu posto este clip. Por que a minha cidade, de encantos mil, adotada por meu pai há mais tempo do que ele foi capaz de viver na Península Ibérica, está de parabéns. E está mesmo de parabéns, pois não deve ser tarefa fácil resistir encantadora com tantos desencantos e com tanta gente a querer tragá-la em corrupção, lixo, descuido, desmandos, tráfico, pobreza, desmatamento, desleixo, mas também, para cada uma dessas desmaravilhas, há uma reação indignada de milhares de habitantes, da gema ou de fora, que lutam dia a dia para manter a extensão de maravilhas.

NB: Não há uma única foto que não me remeta a uma memória, a uma experiência e a muitas tentações. Não há, tampouco, montagens, sou capaz de indicar quase todos os pontos de onde foram feitas as fotos, os locais eu conheço todos e respondo pela autenticidade do material. Deu até vontade ir buscar as minhas e fazer um painel à guisa de carimbo de proveniência desta maravilha onde Deus me permite viver. E pra onde sempre me tem trazido de volta, mesmo quando insisto em voar pra outros lados.



Lisboa é...

...sempre Lisboa. Até os americanos da Nike sabem disso.